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Palavras de Agur, filho de Jaque, o oráculo. Disse este varão a Itiel, a Itiel e a Ucal: |
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Na verdade, que eu sou mais bruto do que ninguém; não tenho o entendimento do homem, |
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nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo. |
4 |
Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? |
5 |
Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. |
6 |
Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso. |
7 |
Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: |
8 |
afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; |
9 |
para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor ? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus. |
10 |
Não calunies o servo diante de seu senhor, para que te não amaldiçoe e fiques culpado. |
11 |
Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe. |
12 |
Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi lavada da sua imundícia. |
13 |
Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima. |
14 |
Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens. |
15 |
A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem: Basta: |
16 |
a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta. |
17 |
Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência da mãe, corvos do ribeiro os arrancarão, e os pintãos da águia os comerão. |
18 |
Há três coisas que me maravilham, e a quarta não a conheço: |
19 |
o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do homem com uma virgem. |
20 |
Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: Não cometi maldade. |
21 |
Por três coisas se alvoroça a terra, e a quarta não a pode suportar: |
22 |
pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando anda farto de pão; |
23 |
pela mulher aborrecida, quando se casa; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora. |
24 |
Estas quatro coisas são das mais pequenas da terra, mas sábias, bem-providas de sabedoria: |
25 |
as formigas são um povo impotente; todavia, no verão preparam a sua comida; |
26 |
os coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa nas rochas; |
27 |
os gafanhotos não têm rei; e, contudo, todos saem e em bandos se repartem; |
28 |
a aranha, que se apanha com as mãos e está nos paços dos reis. |
29 |
Há três que têm um bom andar, e o quarto passeia muito bem: |
30 |
o leão, o mais forte entre os animais, que por ninguém torna atrás; |
31 |
o cavalo de guerra, bem-cingido pelos lombos; o bode também; e o rei, a quem se não pode resistir. |
32 |
Se procedeste loucamente, elevando-te, e se imaginaste o mal, põe a mão na boca. |
33 |
Porque o espremer do leite produz manteiga, e o espremer do nariz produz sangue, e o espremer da ira produz contenda. |